Luísa Diogo considerou a actual situação política do país como “típica de um processo de transição”, quando questionada sobre o assunto numa conferência de imprensa de apresentação do livro “A Sopa da Madrugada”, em Lisboa, esta quarta-feira.
Citada pela Rádio Moçambique, Luísa Diogo disse que, “normalmente, os fins de mandato trazem sempre nervosismo”.
Para a antiga primeira ministra (2004-2010) e, antes, ministra do Plano e Finanças nos governos da Frelimo, “alguns moçambicanos não estão a conseguir gerir o seu próprio nervosismo”, ao contrário da maioria, que está “muito serena”.
Luísa Diogo mostrou-se positiva face ao clima de tensão. “Depois das eleições”, agendadas para Outubro de 2014, “as coisas vão voltar à normalidade”. “É uma questão temporária”, acredita.
Com base na hipótese de a Renamo boicotar as eleições, a ex-governante explica que o maior partido da oposição tende a “auto-excluir-se”, ao contrário das “outras forças políticas que participam”.